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13/06/2023

Adesão ao mercado livre de energia possibilita economia de até 30% para as empresas

Em expansão no Brasil, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) de energia registrou um crescimento significativo no último ano. De acordo com um levantamento realizado pela Greener, o mercado livre obteve um avanço de 17% no número de unidades consumidoras em 2022. Assim, o consumo realizado por meio do ACL somou 24 mil MWmed, volume que representou 37% do total no país. O crescimento do mercado livre também vem impulsionando a geração de energia limpa e renovável no país já que, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel), 61% da geração de energia desse tipo de fonte é utilizada para atender a demanda do ACL. Em Pernambuco, a Kroma Energia, empresa que é a primeira comercializadora do Nordeste, promoveu uma economia de R$ 22,9 milhões aos seus clientes no último ano. De acordo com o grupo empresarial, uma das principais vantagens obtidas por meio da contratação no mercado livre de energia é a negociação direta com o fornecedor, diferencial que possibilita uma redução nos custos do insumo. Atualmente, a Kroma atende clientes como a Unimed Recife, Shopping Guararapes, CESAR e o Grupo Iquine. O engenheiro eletricista do CESAR, Julio Glasner, ressalta que a compra de energia limpa também auxilia as empresas a alcançarem suas metas de sustentabilidade. “A migração nos concedeu uma economia de cerca de 30% em comparação com o mercado cativo e a Kroma foi uma parceira imprescindível para orientar a nossa escolha. A energia é um dos principais insumos para o nosso negócio e a partir do momento que temos a certeza que estamos fazendo a aquisição da energia que é gerada por uma fonte limpa, sabemos que o nosso papel com relação à sustentabilidade está sendo cumprido”, observou. Já a gerente de suprimentos do Grupo Iquine, Natalia Andrade, destaca que a liberdade de escolha é outro diferencial. “Estamos com a Kroma desde março de 2020 e nesse período já conseguimos uma economia de mais de R$ 3,5 milhões, o que nos traz uma certeza de retorno para o nosso negócio. O consumidor final precisa ter o direito de escolher qual a fonte de energia vai utilizar. Isso é bastante significativo para qualquer negócio, além de ser sustentável economicamente”, observou. A fala de Natalia observa um desejo de boa parte do país. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), oito em cada dez brasileiros gostariam de ter a liberdade de escolher a empresa de quem vão comprar energia. Por enquanto, o mercado livre de energia está disponível para consumidores com demanda mínima contratada de 500 kW, classificados como consumidores especiais, e que, obrigatoriamente, precisam adquirir energia de fontes renováveis; e 1000 kW para consumidores livres, que podem adquirir energia de qualquer tipo de fonte. No entanto, a portaria 50/2022, publicada pelo Ministério de Minas e Energia no último ano, liberou essa escolha para consumidores de alta tensão do Brasil. O documento determina que, a partir de 2024, clientes do Grupo A, independentemente da sua demanda contratada, possam realizar a compra de qualquer supridor, possibilitando uma série de vantagens como a livre negociação de preço. Segundo o Ministério, a expectativa é que a novidade possibilite a migração de 106 mil novas unidades consumidoras para o mercado livre, estimulando a competitividade do setor. O CEO da Kroma Energia, Rodrigo Mello, elencou os benefícios que a mudança deverá trazer. “A portaria beneficia uma série de consumidores como padarias, supermercados, postos de gasolina e academias, por exemplo. É uma vibração enorme com o mercado se expandindo e entrando em sintonia com o resto do mundo. Estamos falando de preços de cerca de R$200/MWh, enquanto no mercado cativo o custo chega a R$900/MWh em algumas distribuidoras. Com esse benefício, se fomenta a geração e a economia”, afirmou.