Aliança Francesa Recife realiza debate sobre documentário em torno da Amazônia
Na próxima terça-feira (24), a Aliança Francesa Recife, em parceria com o Consulado da França no Recife, Aliança Francesa Brasil e o Laboratório de Antropologia da UFPE, realiza um debate gratuito, às 17h, pela plataforma ZOOM, em torno do documentário “As Palavras Encantadas dos Hupd’äh da Amazônia – Mestres de Saberes” narrado pelo doutor em Etnologia pela Universidade Paris Nanterre (FR), e professor do Master Interuniversitário de Antropologia Iberoamericana da universidade de Salamanca (ES), especialista em Etnologia Indígena, o brasileiro Renato Athias e dirigido pela franco-iraniana Mina Rad. O documentário fala da cosmologia do povo Hupd’äh da Amazônia, formado por duzentas e dez etnias indígenas do Brasil, e pode ser visto, gratuitamente, pelo YouTube da Aliança Francesa Recife, até o dia 29 deste mês.
O documentário “As Palavras Encantadas dos Hupd’äh da Amazônia – Mestres de Saberes” narrado pelo professor Renato Athias fala da cosmologia do povo Hupd’äh da Amazônia, formado por duzentas e dez etnias indígenas do Brasil. Atualmente, os Hupd’äh são aproximadamente dois mil e vivem no nordeste da Amazônia. “Para esse povo não há separação entre as ordens: mineral, vegetal, animal e humana. A música e as palavras têm um poder transformador, muitas vezes incompreensível para nós”, explica o professor Renato Athias. O filme, segundo o professor Renato Athias, oferece ao expectador a possibilidade de repensar a relação dos humanos e não-humanos e com toda a natureza.
A obra foi produzida a partir de arquivos etnográficos, arquivos de imagens, fotografias e músicas, do etnólogo Renato Athias, da década de 1980. “Os documentários realizados a partir desses arquivos procuram trazer memórias e representações ao público em geral, mediadas pela edição e pelas narrativas em primeira pessoa. As histórias vividas e o trabalho de campo saem do seu contexto e são veiculadas pela narrativa de um documentário. O espectador pode ver, sentir e imaginar as experiências de quem produziu o arquivo etnográfico”, explica o professor.