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24/12/2018

Após quatro meses em queda, valor da cesta básica em Caruaru registra aumento em novembro

Após quatro meses em queda, valor da cesta básica em Caruaru registra aumento em novembro

De acordo com a pesquisa mensal feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden, em novembro, o valor da cesta básica em Caruaru apresentou, após quatro meses de queda, uma alta de 5,56%,  a maior dos últimos seis meses. O custo da alimentação básica do caruaruense, que antes custava R$ 232,53, atingiu o valor de R$ 245,46. 

Segundo a professora do UniFavip, Eliane Alves, responsável pela pesquisa, os itens que apresentaram uma elevação de preço e contribuíram para a alta do valor da cesta básica foram o tomate, a banana, a farinha e o feijão. Já a margarina, o açúcar e o café registraram queda. No mês de novembro, a cesta caruaruense continuou apresentando um preço menor que a de Recife, mas a diferença de R$88,04 foi menor se comparada às variações dos meses anteriores.

O comportamento dos preços dos gêneros alimentícios foi de aumento em 16 das 18 capitais, pelo segundo mês consecutivo, onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Os aumentos mais expressivos foram registrados nas seguintes capitais: Belo Horizonte, São Luís, Campo Grande e São Paulo. Já as reduções foram registradas apenas em Vitória e Salvador. A cesta mais cara do país foi a de São Paulo e a cesta mais barata foi a de Salvador.

Em novembro, a cesta caruaruense foi mais barata R$104,76 se comparada à média nordestina e R$ 150,09 se comparada à média da cesta nacional. A pesquisa mostrou que, no mês, a carne, o pão e os legumes foram, respectivamente, os itens que mais pesaram nos gastos alimentares do caruaruense.  Ainda de acordo com a pesquisa, para conseguir ter acesso a uma alimentação básica capaz de garantir a sobrevivência digna de um grupo, uma família caruaruense deveria receber um salário mínimo de R$ 2.062,09.

A pesquisa mostrou ainda que, em novembro, considerando o salário mínimo líquido em vigência, o trabalhador caruaruense desembolsou 27,97% da sua renda apenas com as despesas de alimentação. Ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru, no mês passado, precisou trabalhar 57 horas para pagar o valor apresentado pela cesta básica, três horas a mais do que no mês de outubro.