Bitcoin e o recorde histórico que valorizou a criptomoeda
Após perder 50% do seu valor esse ano, a moeda digital se recupera e atinge marca histórica. E agora, vale a pena investir?
Pra quem achou que o Bitcoin encerraria o ano com uma desvalorização após a queda de 50% de valor no primeiro semestre, se enganou completamente após a criptomoeda bater recorde de cotação na última quarta-feira (20). A moeda digital chegou a ser negociada a 66 mil dólares após ser lançada, pela primeira vez, em um fundo negociado em bolsa de futuros de bitcoin dos Estados Unidos.
Mas, para quem investe na criptomoeda no Brasil, ainda vale a pena correr riscos? De acordo com Thiago Cardoso, analista chefe da Múltiplos Investimentos, é válido continuar acreditando na valorização, mesmo diante dos percalços. "assim como o ouro, é de se esperar uma contínua valorização da criptomoeda em relação a moedas, como o real e o dólar, que são inflacionadas continuamente pelos bancos centrais. Somado a isso, o Bitcoin tem um potencial de ganho maior, tendo em vista que sua adoção ainda está nas fases iniciais. À medida que mais pessoas descobrem suas utilidades como reserva de valor e proteção contra a inflação, mais ela tende a se valorizar".
Segundo Cardoso, a queda de 50% no primeiro semestre não afeta o investidor a longo prazo. "Em muitas situações, traders usam ferramentas de seguro contra perdas, os chamados 'stop loss' e vendem a moeda quando ela começa a cair. Mas, as quedas nada tem a ver com os fundamentos de longo prazo do Bitcoin. Portanto, são momentos que o investidor de longo prazo deve aproveitar e aumentar suas compras", explicou.
Para o analista, além de um acompanhamento de especialistas no setor de investimentos, é importante estar sempre atento ao longo prazo para se obter lucro. "Alguns ajustes de preços podem acontecer no meio do caminho, porém, qualquer investidor que tenha mantido Bitcoin por pelo menos 4 anos lucrou, ainda que tenha comprado nos topos históricos. Portanto, é importantíssimo evitar a euforia e manter-se fiel à sua estratégia de fazer compras mensais e regulares nesses momentos", pontuou.