Além da beleza e da alegria dos festejos juninos, à medida que a festa vai se aproximando, intensifica-se a preocupação de especialistas com o crescente número de queimaduras. Acidentes que, em sua maioria, ocorrem nas brincadeiras com fogos de artifício e fogueiras. A agitação e uma rápida distração na hora do preparo da canjica, da pamonha, do bolo de milho, entre outras guloseimas, também contribuem para agravar as estatísticas. “Nesta época do ano, há um aumento médio de 30% no registro do número de queimados”, ressalta o cirurgião plástico e especialista em queimaduras, Dr. Luiz Custódio Costa, da Unimed Recife.

Brincadeira habitual no São João, os fogos de artifício merecem atenção redobrada até mesmo com aqueles considerados inofensivos, como a estrelinha e o traque de massa. “Todos eles são perigosos e requerem precaução”, enfatiza Luiz Custódio Costa, reforçando que o foguete de três tiros é um dos mais maléficos, pois, costuma estourar na mão.

Para quem gosta de acender fogueiras, o especialista orienta evitar produtos inflamáveis, como gasolina e álcool. Ele lembra que o mercado dispõe de produtos específicos e apropriados para essa prática. O especialista também reforça a necessidade de prevenção na cozinha, impedindo a presença de crianças, estando atento a possíveis vazamentos de gás, além de cozinhar com o cabo da panela virado para a parte interna do fogão. Manuseio de produtos químicos e descargas elétricas também estão entre os principais causadores de queimaduras, as quais, em ordem crescente de gravidade, estão classificadas como de 1º, 2º e 3º graus. As crianças e jovens são as vítimas mais frequentes.

O especialista também ensina que não é recomendável passar nenhum tipo de produto caseiro nos ferimentos. O local afetado deve ser lavado com água corrente ou gelada e envolvido num pano limpo e úmido. “Metade da dor da queimadura é proveniente do contato da ferida com o ar”, explica o médico, ressaltando que, se o ferimento for grave, a vítima deve ser encaminhada imediatamente a uma unidade de saúde para receber atendimento médico necessário.

Sobre as queimaduras 

- No período junino, há um aumento médio de 30% do número de queimados;

- Os fogos de artifício merecem atenção redobrada até mesmo com aqueles considerados inofensivos;

- Crianças e jovens são as vítimas mais frequentes;

- Não é recomendável passar nenhum tipo de produto caseiro nos ferimentos;