Ensaios fotográficos por vídeo chamada ajudam instituições
'Vejo Você Daqui' inicia trabalho arrecadando doações para o NACC
Ensaios fotográficos por vídeo chamada viraram tendência durante o isolamento social, alimentando a criatividade de quem registra o momento e a expressão de quem posa. Foi pensando em praticar a atividade, unindo-a a um propósito solidário, que os fotógrafos pernambucanos, Felipe Souto Maior, Morgana Narjara, e a jornalista, Thayanne Sales, criaram o projeto 'Vejo Você Daqui'. Durante a quarentena, eles irão realizar ensaios virtuais em troca de doações para instituições que cuidam de pessoas e estão carentes de apoio neste período. A primeira instituição beneficiada será o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer – NACC.
Para participar do projeto, é preciso fazer uma doação de, pelo menos, 2kg de alimentos não perecíveis, ou qualquer valor financeiro acima de R$ 10, diretamente na conta das instituições direcionadas pelos organizadores. O trabalho começou esta semana, arrecadando itens para o Núcleo de Apoio à Crianças com Câncer (NACC), que atua há 35 anos, oferecendo suporte e acolhimento para crianças e adolescentes que lutam contra a doença, em hospitais públicos do Recife. O NACC atende mais de 200 pacientes por mês, com alimentação, transporte, fisioterapia, terapia ocupacional, dentista, etc. A ideia do 'Vejo Você Daqui' é diversificar os locais que receberão os donativos, para ajudar o maior número de pessoas.
O agendamento para as fotos pode ser feito na página do projeto no Instagram: @vejovocedaqui. O ensaio tem duração de 20min e será marcado após a confirmação da doação. As fotos (10 unidades) são enviadas por email e publicadas no perfil @vejovocedaqui ou enviadas particularmente (caso o colaborador não autorize a divulgação).
Já posaram para as lentes de Felipe e Morgana, o arquiteto Paulo Carvalho, de Minas Gerais; o cantor Silverio Pessoa, do Recife; a atriz Paloma Bernardi, de São Paulo; a psicóloga Patricia Azevedo, de Igarassu; a atriz e modelo Wilma Gomes, do Recife, entre outros.
Para Patrícia Azevedo, foi um momento de descontração. “Eu usei o cenário improvisado, com TNT, na minha varanda mesmo. O fotógrafo foi me orientando, dando dicas e eu fiquei bem à vontade. Além de ser divertido, é um ato de amor”, conta.
Felipe Maior conta que o mais bacana é fazer tudo isso sem sair de casa. “Nessa história, todo mundo sai ganhando. Quem doa, quem recebe e, nós, que temos a chance de exercitarmos nosso olhar e nos reinventarmos no meio de tudo isso”, conclui.
“Para mim, que amo fazer retratos, é uma oportunidade incrível doar o meu olhar e um pouco de tempo, ser recebida na casa das pessoas (remotamente) e transformar qualquer cantinho em “estúdio fotográfico”. Sem dúvidas, é terapêutico para todas as partes envolvidas”, enfatiza Morgana Narjara.