O que é PIX, suas funcionalidades e quem pode usar
Segundo o professor de Economia Bruno Menelau, o PIX é inclusivo e contribuirá para a redução de custos governamentais, combate à lavagem de dinheiro e para o aumento da concorrência entre bancos
O Banco Central anunciou um novo meio de pagamentos instantâneos: o chamado Pix. Ele ainda não está valendo (sua previsão de início é 16/11, data em que o BC espera que todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil contas ativas deverão se adequar para oferecer e receber o serviço), e já está dando o que falar. Trata-se de um modelo de pagamento pautado em disponibilidade, velocidade, conveniência, segurança, ambiente aberto, informações agregadas (para automatização de processos de pagamento) e multiplicidade (para pagamentos de qualquer tipo e valor).
Em resumo, é um método de pagamentos para fazer transferências de forma rápida, a qualquer hora, em qualquer dia – além de trazer a possibilidade de fazer pagamentos a estabelecimentos. Outra boa notícia é que, para a pessoa física, transferências feitas por meio de TEDs e DOCs serão gratuitas na maioria dos casos. “É importante destacar que a entrada em vigor do PIX não retirará de operação as outras formas de pagamento utilizadas hoje, todavia possibilitará que em um futuro próximo essas outras modalidades de pagamento caiam no desuso”, explica o professor de economia do Centro Universitário UniFBV, Bruno Menelau.
Agora vem a pergunta, quem poderá usar o Pix? Os pagamentos instantâneos podem ser utilizados para transferências: entre pessoas (transações P2P, person to person); entre pessoas e estabelecimentos comerciais (EC)s, incluindo comércio eletrônico (transações P2B, person to business); entre estabelecimentos, como pagamentos de fornecedores, por exemplo (transações B2B, business to business); para transferências envolvendo entes governamentais, como pagamentos de taxas e impostos (transações P2G e B2G, person to government e business to government) e para pagamentos de salários e benefícios sociais (transações G2P, government to person) e de convênios e serviços (transações G2B, government to business).
O Pix poderá ser usado de diversas maneiras: por meio da utilização de chaves ou apelidos para a identificação da conta que fará a transação (como o número do celular, o CPF ou CNPJ ou endereço de e-mail; por meio de QR Code; ou por meio de tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação. Ou seja, em breve lojas e e-commerces também serão impactados.
“O PIX é um dos projetos importantes que o Brasil precisa para melhorar seu ambiente de fazer negócios. Ele é uma ferramenta tecnológica que contribuirá para melhorar o sistema de pagamento do País pela sua simplicidade, segurança, agilidade e baixo custo. Também será um poderoso instrumento para ações governamentais que visam redução de custo com a emissão e transporte de cédulas e moedas, para a inclusão de pessoas que estão fora do sistema bancário, aumentar a concorrência entre os bancos visando a redução do spread bancário, bem como combater a corrupção e a lavagem de dinheiro”, resume o professor de economia, Bruno Menelau.