Desenvolvido em parceria com o programador Erick Simões e o artista 3D Carlos Burgos, ambos colaboradores da CESAR School, o Circuito Digital da Poesia utiliza a realidade aumentada para aprimorar a experiência do público com as esculturas de poetas pernambucanos e nordestinos que estão distribuídas pelo Centro do Recife.
O projeto apresenta a proposta de utilizar a realidade aumentada para criar esculturas interativas para o Circuito da Poesia do Recife com acesso através de um aplicativo. Para apresentar o estudo, um protótipo foi criado e começou a ser testado em 2020. Os resultados da pesquisa mostraram um grande interesse do público em consumir cultura pernambucana de forma digital e atestaram que o projeto tem potencial em gerar conhecimento através de informações que antes poderiam passar despercebidas.
“Uma tecnologia é mais eficaz quando ela faz com que você aprenda algo e isso nós fizemos com o projeto Circuito Digital do Recife. As pessoas podem conhecer a história da sua cidade através do olhar de grandes artistas”, declarou o designer Vladimir Barros sobre o projeto.
A dissertação, fruto do estudo e do projeto de imersão digital sobre os poetas, resultou no livro “Circuito Digital da Poesia: Potencialização da Experiência do Usuário na Aplicação de Realidade Aumentada em Espaços Públicos”, que foi classificado ao Prêmio de Design Museu da Casa Brasileira na categoria “livro não publicado”.
O Circuito Digital da Poesia também ganhou reconhecimento internacional e foi apresentado no Computing Conference, um dos maiores eventos acadêmicos da área de tecnologia, organizado em Londres e no congresso IHEIT, que aconteceu em Estrasburgo, na França.
“Para mim é muito gratificante poder participar de eventos como estes, que ditam e transformam realmente o que está no mercado do designer e da tecnologia. Se a gente começar a usar mais a tecnologia aqui em Recife, onde a gente tem grandes talentos na arte, onde o bairrismo é mais forte, a gente tem tudo para deslanchar dentro de processos culturais que envolvam tecnologia”, afirmou Vladimir Barros.