NOTÍCIAS

21/07/2020

TGI aponta que 89% das empresas pernambucanas foram impactadas negativamente pela crise

O resultado faz parte da pesquisa que ouviu 345 empresários e executivos

A TGI Consultoria, que há 30 anos pauta sua atuação com foco no conhecimento da realidade de Pernambuco e de suas empresas, apresenta o resultado da pesquisa Crise Covid-19 & Inovação que ouviu 345 empresários e executivos, durante o mês de junho deste ano, sobre como as empresas foram impactadas pela crise. De acordo com a sondagem, grande parte das empresas (89%) foram atingidas negativamente pela crise, tendo como principais fatores a diminuição da receita e da demanda, além da mudança na dinâmica do trabalho.  

 

“O resultado dessa sondagem é uma das contribuições da TGI para apoiar as empresas pernambucanas na construção de alternativas no caminho de superar mais uma crise”, explica a coordenadora da pesquisa e sócia da TGI, Carolina Holanda. Sobre o perfil das empresas participantes, 41% tem acima de 21 anos de vida; 26% de 11 a 20 anos; 19% de 6 a 10 anos; e 14% até cinco anos de vida. Dessas, 65% estão localizadas na Região Metropolitana, 29% cidades do interior de Pernambuco e 6% de outros estados nordestinos. Um total de 13 setores – como moda, turismo, transporte, educação e alimentos - aparecem na pesquisa, sendo a maioria (27,2%) dos chamados serviços modernos – Comunicação, Consultoria, Contabilidade, Seguros, Advocacia, Arquitetura, Contabilidade e Serviços Financeiros. 

 

A pesquisa apontou que 89% das empresas respondentes tiveram impactos negativos e 11% foram impactadas de forma positiva. Entre as que se declaram impactadas negativamente, 47% tiveram impactos muito fortes e apenas 6% declararam baixo impacto. “Os principais impactos que aparecem são diminuição da renda e redução da demanda, além da mudança na dinâmica de trabalho”, completa Carolina Holanda. 

 

Apenas 11% dos empresários e executivos que responderam a entrevista, dizem ter sido afetados positivamente, sendo 65% com baixo impacto e 8% com impacto muito forte. As principais repercussões foram a ampliação da demanda, mas ao mesmo tempo com a necessidade de ajustes na dinâmica de trabalho da equipe e mudança de comportamento dos consumidores. 

 

Apesar das dificuldades, 92% das empresas implantaram ou estão desenvolvendo ações de inovação, sendo 23% ajustes internos, 20% com uso mais intenso de mídias digitais e 19% no desenvolvimento do novo serviço ou produto. Além disso, algumas práticas foram adotadas para enfrentar a pandemia, como a implantação de monitoramento sistemático (20%), mudança na forma do gerenciamento da equipe (15%), uso intensivo das mídias digitais (15%) e a instalação do Comitê de Crise (13%). “A nossa recomendação é que as empresas instituam nesse momento um espaço voltado para pensar inovação. Inovar nesse momento de pandemia é essencial para a sobrevivência e manutenção dos negócios”, alerta Carolina Holanda.

 

PÓS-PANDEMIA

Para o pós-pandemia, 63% dos empresários e executivos que responderam a sondagem, esperam enfrentar com dificuldades o período, mas 37% consideram que têm perspectiva de crescimento ou vão potencializar o crescimento durante o período da crise.